sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Classificaçao da Informação - II

No dia 19 de outubro, foi realizada a atividade Ciranda Cirandinha sobre o texto de Carlos Guardado da Silva, A Classificação da informação arquivística da administração local nos países ibéricos: uma análise comparada. A turma fez uma roda de perguntas e os principais pontos abordados foram: revisão dos conceitos de classificação, a estrutura hierárquica do plano de classificação, o conceito e os princípios do processo de negócios, os níveis de classificação funcional e suas dificuldades de aplicação, as quatros funções da Macroestrutura Funcional e as vantagens de utilizar a Macroestrutura Funcional e os planos de classificação em conformidade.

O texto identifica os principais conceitos sobre classificação e que há muitas críticas quanto ao princípio de proveniência e da ordem original por alguns arquivistas. O autor argumenta que para que haja normalização e a comunicabilidade da informação entre sistemas distintos, é necessário a elaboração de um plano de classificação comum para toda a administração pública e que seja feita de forma funcional, devendo considerar que a estrutura orgânica de cada órgão é singular.

Procurando responder a uma nova administração pública, Portugal desenvolveu dois projetos: o Metainformação para a Interoperabilidade (MIP) e a Macroestrutura Funcional (MEF). O primeiro é um conjunto de elementos de metainformação descritiva cujo objetivo é prover a comunicação transparente entre os sistemas do governo; e o segundo é a representação conceitual de funções desempenhadas por organizações do setor público, concebida para servir de quadro de apoio à elaboração de classificação funcionais. Esse novo modelo de classificação abandona a distinção entre atividade-meio e atividade-fim, entendendo que a atividade-meio de um órgão é a atividade-fim de outro. Adota-se o conceito de processo de negócios e os princípios da interoperabilidade, da transversalidade, da granularidade, da completude, da exogeneidade e do respeito pela função.

Concebe-se uma estrutura classificativa semântica hierárquica, do plano de classificação para a administração local, desenvolvida em três níveis, onde os dois primeiros representam as funções e as subfunções da administração pública e o terceiro, os processos de negócio, tornando possível a uniformização da identificação das distintas materializações documentais em organismos com atuações similares ou concorrentes para um mesmo fim.

O artigo nos mostra que a proposta de Portugal caracteriza por uma nova abordagem arquivística, que corresponde as necessidades das organizações, normatizando os processos para uma efetiva gestão da informação e dos documentos arquivísticos nos sistemas de informação da administração pública.



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